Preso há um mês no Complexo Penitenciário de Gericinó,
em Bangu, zona oeste do Rio de Janeiro, Marcos Pereira, pastor da
Assembleia de Deus dos Últimos Dias, acusado de estupro, começa a ter
seu futuro decidido no dia 17 de junho, a partir das 14 horas, na
primeira audiência sobre o caso, em São João de Meriti, Baixada
Fluminense.
A cidade é a mesma onde fica a igreja da qual Pereira é líder, e onde
ele foi detido pela Polícia Civil. Na audiência, o pastor denunciado
pelo Ministério Público do Rio de Janeiro começará a responder a duas
acusações de estupro contra duas fieis de sua igreja. Na sessão também
estarão presentes as testemunhas de acusação.
Segundo as denúncias do MP, o pastor é "pessoa de alta
periculosidade e ameaça direta e indiretamente as pessoas que o
contrariam". Ainda de acordo com o MP, Pereira utiliza-se de sua
autoridade religiosa para amedrontar e até mesmo aterrorizar suas
vítimas.
Em depoimento à DCOD (Delegacia de Combate às Drogas), uma das vítimas que deu origem à denúncia do MP contou ter sido abusada durante alguns anos, mas nunca falou nada, pois se sentia ameaçada por ele.
"Que a declarante viu o pastor Marcos deitado na cama com a Irmã A. tendo relação sexual e posteriormente, ao ser questionada, a irmã disse: nós temos que deixar o pastor fazer isso conosco para que ele não pecasse com outras mulheres do mundo exterior; que a própria declarante passou a pensar dessa forma, tendo a declarante por algumas vezes, deixado o pastor abusá-la", disse a vítima em depoimento.
"[...] que o pastor passava a ameaçar as Irmãs dizendo que estas estavam com o demônio e a declarante sempre ficava amedrontada", afirmou.
Em depoimento à DCOD (Delegacia de Combate às Drogas), uma das vítimas que deu origem à denúncia do MP contou ter sido abusada durante alguns anos, mas nunca falou nada, pois se sentia ameaçada por ele.
"Que a declarante viu o pastor Marcos deitado na cama com a Irmã A. tendo relação sexual e posteriormente, ao ser questionada, a irmã disse: nós temos que deixar o pastor fazer isso conosco para que ele não pecasse com outras mulheres do mundo exterior; que a própria declarante passou a pensar dessa forma, tendo a declarante por algumas vezes, deixado o pastor abusá-la", disse a vítima em depoimento.
"[...] que o pastor passava a ameaçar as Irmãs dizendo que estas estavam com o demônio e a declarante sempre ficava amedrontada", afirmou.
Ainda segundo o depoimento desta mulher, Pereira tinha ligações com o tráfico de drogas, já que lavava dinheiro dos traficantes em vendas de CDs e DVDs.
"[...]Pastor Marcos recebia o dinheiro dos traficantes nos valores
de R$ 15 mil e R$ 20 mil e entregava CDs e DVDs no intuito de se
resguardar na lavagem de dinheiro; que o pastor dizia aos membros de sua
congregação que estava vendendo os CDs para evangelização e não pegando
dinheiro com o tráfico", contou, em depoimento, a mulher que saiu da
igreja há quatro anos.
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