Vereadora Michele Collins (PP). |
Na última terça-feira (4), a vereadora do Recife Michele Collins (PP)
voltou a criticar a liberdade de direitos de casais homoafetivos. Em
sessão da Câmara, ela criticou a decisão do Conselho Nacional de Justiça
(CNJ), que no último dia 14 de maio aprovou – por 14 votos contra 1 –
uma resolução obrigando os cartórios do Brasil a aceitarem celebrar
casamento civil entre pessoas do mesmo sexo.
A vereadora – que tenta aprovar um voto de repúdio ao CNJ, na Câmara –
reiterou que “defende valores da família tradicional” e é contrária ao
“novo modelo de união”. “Defendo os princípios bíblicos e da civilização
humana, porque desde que o Mundo é Mundo que o homem só pode procriar
com mulher, e mulher com homem”.
A parlamentar disse, em tom de reclamação, que “o casamento
homossexual valida e promove o estilo de vida homossexual”. Afirmou
ainda que “a família corre perigo” com a ampliação de direitos para
homessexuais. “Aqueles que adotarem crianças vão mostrá-las um conceito
de educação diferente, com referências, comportamento e valores
diferentes. Enfim, a criança é produto do meio”, afirmou.
“Homem com homem e mulher com mulher não é família. É uma invenção
que fizeram agora e querem que a gente estimule, aceite, ache bonito. É
muita modernidade. Eu prefiro ser chamada de medieval e garantir os
‘bons costumes’ e o progresso da família”.
Em aparte, o vereador Jayme Asfora (PMDB) destacou a importância da
garantia, pelos órgãos de Justiça, de que todos os brasileiros tenham
direitos iguais. “O STF disse, com todas as letras, que não há diferença
jurídica entre as famílias formadas por um homem e uma mulher e as
famílias formadas por dois homens ou duas mulheres. Elas já existem de
fato. Agora, todas devem estar sob a proteção do Estado”, defendeu. “A
Resolução é moderna e boa para sociedade”, completa.
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