O presidente colombiano Juan Manuel Santos apresentou nesta
terça-feira (4) as políticas sociais do governo colombiano ao
ex-presidente Lula. Em uma cerimônia que contou com depoimentos de
beneficiários dos programas, Santos explicou o que tem feito para
diminuir a pobreza em seu país e disse ver o ex-presidente Lula como
exemplo.
Um dos programas destacados pelo presidente foi o “Famílias em ação”,
que é semelhante ao Bolsa Família e já atende 2 milhões e 700 mil
famílias colombianas. Desde a sua criação até maio de 2013, foram
investidos nele 3 bilhões e meio de pesos. As ações sociais são
desenvolvidas pelo Departamento para a Prosperidade Social, criado a
apenas 18 meses pelo presidente Santos.
“Pela primeira vez nos últimos 2 anos rompemos a lógica da economia
crescer gerando mais desigualdade. Os últimos dados mostram que
reduzimos as desigualdades, nós e o Equador fomos os que mais
reduzimos”, contou Juan Manuel Santos. O presidente afirmou que espera
aplicar na Colômbia o que Lula “fez com muito êxito no Brasil” e
conseguir resultados similares aos oito anos de governo Lula.
Santos lembrou ainda que, perguntado, em 2011, sobre que governante
gostaria de ser, respondeu: “ quero ser como o presidente Lula”. Ele
disse que espera terminar seu mandato de forma parecida com o
ex-presidente brasileiro.
Depois de ouvir o presidente Santos e depoimentos de diversos
beneficiários de programas sociais, Lula falou da felicidade de ver o
que está sendo feito na Colômbia. “O pobre na hora que tem a dinheiro,
educação e oportunidade, deixa de ser problema e passa a ser solução.”,
afirmou, lembrando a importância que as políticas sociais tiveram para a
economia brasileira. “Os pobres do mundo não querem favor, querem
oportunidades”.
Lula destacou ainda que esse processo está acontecendo em diversos
países latino-americanos: “Isso aconteceu no Brasil e está acontecendo
na Colômbia, no Equador, no México, na Bolívia. Pela primeira vez em
muito tempo, temos governantes tratando os pobres com carinho”,
ressaltou.
O ex-presidente também falou da importância das negociações pela paz
na Colômbia. “Se a Colômbia, que é esse país extraordinário, chegou tão
longe apesar de 50 anos de conflito, irá muito além com a paz”,
finalizou.
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