sábado, agosto 31, 2013

Médicos estrangeiros falam de expectativa e desafio de atuar no Brasil.

Às 5h30 da manhã o soldado que guarda as instalações militares que servem como abrigo para os primeiros profissionais do programa Mais Médicos acende a luz do quarto, anunciando mais um dia de treinamento.

Em São Paulo, mais de 50 deles se preparam para trabalhar no interior do país, em rincões onde o atendimento básico é luxo.
Poucos quilômetros separam o quartel na zona sul de São Paulo da Escola Municipal da Saúde, onde há uma semana o grupo de destemidos profissionais tem aulas sobre o sistema de saúde brasileiro e noções de português.

"Acordamos cedo porque temos de enfrentar o trânsito", conta Thiago da Silva, 32 anos. Paulistano, há mais de uma década foi para a Argentina. Há poucas semanas voltou ao país, carregando um diploma de médico, um leve sotaque portenho e a expectativa de fazer diferença no SUS (Sistema Único de Saúde).

"Quero contribuir para o sistema de saúde do meu país. As expectativas são as melhores. Quero ajudar. Por isso resolvi vir", diz Silva.

Ele é um dos 1.778 inscritos na primeira fase do programa, que pagará R$ 10 mil aos profissionais que permanecerem pelo menos três anos em locais onde há carência de médicos. Ao todo, são cerca de 15 mil vagas.

Silva irá atuar em Francisco Morato, na periferia da Grande São Paulo. Até o momento, 282 estrangeiros (brasileiros com formação no exterior entram nessa conta) se inscreveram no programa, fora o contigente de 4 mil médicos cubanos que atuarão no país por meio de um convênio entre Brasília e Havana.

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