O segundo dia da nona rodada de negociações para a paz na Síria
começou nesta sexta-feira (26) em Viena, com poucas expectativas de que
as partes possam avançar para uma solução dialogada e acabar com a
guerra que já dura sete anos. A informação é da Agência EFE.
A
delegação da oposição síria, lidera pela chamada Comissão Suprema para
Negociações (CSN), se reuniu primeiro com o mediador da Organização das
Naçoes Unidas (ONU), Staffan de Mistura.
Para a tarde de hoje
está previsto que a delegação do governo sírio se encontre com a equipe
do mediador para apresentar suas propostas para avançar no diálogo.
A
rodada de Viena, convocada para apenas dois dias, terminará hoje e está
oficialmente centrada em calcular avanços para a elaboração de uma nova
Constituição para a Síria.
Estas conversas acontecem a poucos
dias do chamado Congresso do Diálogo Nacional para a Síria, convocado
pela Rússia, principal potência militar estrangeira no conflito e que
apoia o presidente deste país, Bashar al Assad.
A oposição síria,
crítica com a abertura de novas iniciativas de paz, à margem da via da
ONU, ainda não decidiu se participará da reunião na cidade russa de
Sochi, no Mar Negro, na semana que vem.
Yehia Aridi, um porta-voz
da CSN, disse hoje à imprensa na sede vienense da ONU que os opositores
anunciarão hoje mesma sua decisão final sobre sua presença em Sochi.
"Não sabemos ainda. Esperamos anunciar hoje", declarou o representante da CSN, a principal aliança opositora síria.
Segundo
a CSN, tudo depende do compromisso do governo sírio para continuar a
via negociadora baseada na resolução 2254 do Conselho de Segurança da
ONU.
Aridi destacou hoje que os opositores são "flexíveis" e
estão "comprometidos" para alcançar o objetivo de "devolver a vida" à
Síria, para que seja um "lugar seguro ao qual o povo (deslocado) possa
voltar".
"Este é o segundo dia. Esta rodada é crucial porque
determinará o compromisso das partes para implementar as resoluções do
Conselho de Segurança da ONU, em particular a 2254", afirmou Aridi.
Esta
resolução, de dezembro de 2015, exige um cessar-fogo e uma via
negociada para pôr fim à guerra síria, que já deixou 400 mil mortos e
milhões de deslocados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário