quinta-feira, janeiro 25, 2018

Foliões apostam em 'cílios de LED' para brilhar no carnaval do Rio; médicos alertam para riscos

Não é novidade que os cílios artificiais ajudam a alongar, dar volume nos fios, e contribuem para dar mais brilho ao olhar das pessoas. Mas, nos últimos dias, um outro tipo de cílio vem chamando a atenção das pessoas que gostam de curtir carnaval: os de LED.

Nos últimos anos, o LED tem sido muito usado em fantasias e adereços, tanto nos blocos quanto na Sapucaí. Diante do sucesso que fez, a iluminação agora está sendo vendida como acessório de beleza. A novidade tem dado o que falar, mas médicos alertam para riscos.

Apesar de ser anunciado como ‘cílio’, o produto é uma fita de LED desenvolvida para ser colada nas pálpebras dos olhos, próximos aos cílios, dando uma sensação de que eles estão piscando em diversas cores e equipados com fortes luzes. O dispositivo é ativado com uma bateria que suporta até 4 horas de uso.

Veja os principais cuidados, de acordo com especialistas

  • Certificar com um oftalmologista se as pálpebras e cílios estão aptos ( sem alterações ou infecções) para o uso
  • Higiene palpebral apropriada antes e após o uso dos cílios
  • Não compartilhar os cílios LED com outra pessoa
  • Atenção a possíveis alergias (da cola ou do próprio material)
  • Cuidado com o contato direto (dedo no olho) por causa da curiosidade das pessoas ao redor (principalmente crianças e foliões)
  • Não dormir com o equipamento eletrônico colado nas pálpebras
Mesmo sendo uma promessa de sucesso para o carnaval 2018, os médicos avaliam que pode ser pouco higiênico, se não tiver a manutenção correta. A oftalmologista Aletea Pompeu, especialista em Oculoplástica e membro da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO), destacou alguns cuidados que as pessoas devem ter ao usar o produto.

“É bom pontuar que o principal risco seria infecções pelo uso, má higiene e compartilhamento do produto. No meu ponto de vista, é importante avaliar o risco de infecções palpebrais e também um risco mecânico de quem vai colocar a mão. Às vezes, a parte externa mecânica pode causar um trauma maior", explica Aletea.

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