O número de linhas de celular caiu no Brasil em novembro, ficando em
231,8 milhões. Em novembro, foram desligadas 1,5 milhão de linhas, e o
total foi 0,65% menor do que o do mês anterior. Os dados foram
divulgados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e trazem o
balanço consolidado mais atualizado do serviço móvel pessoal, nome
técnico dado à telefonia celular.
Foi a maior queda do ano. Nos últimos meses, o encerramento de linhas
havia totalizado 0,9 milhão em outubro; 0,1 milhão em setembro;, 0,4
milhão em agosto e 0,3 milhão em julho. Nos 12 meses anteriores a
novembro, a perda acumulada foi de 3%. A soma de linhas desligadas
chegou a 7,2 milhões.
Segundo o gerente de Universalização da Anatel, Eduardo Jacomassi,
essa redução, que já vem de cerca de três anos, ocorreu devido a uma
mudança de regulamentação do órgão, que reduziu o custo das ligações
entre operadoras diferentes.
“Durante algum tempo era muito caro ligar para outra operadora. Então
as pessoas tinham vários chips. Conforme a regulamentação mudou,
pessoas que tinham mais de um acesso começaram a desligar e isso se
refletiu na quantidade total”, explicou Jacomassi à Agência Brasil.
Do total de novembro, 57,5% dos acessos eram pré-pagos, cerca de
133,3 milhões. Já os pós-pagos representaram 42,5%, ultrapassando os 98
milhões. Entre outubro e novembro, os pacotes pré-pagos diminuíram 2,9
milhões, enquanto os pós-pagos subiram 1,4 milhões.
Em 2015, os acessos pré-pagos ultrapassavam o índice de 70% da base
móvel. Desde então, essa proporção vem caindo em favor dos contratos
pós-pagos, que já passaram dos 40%. De acordo com Jacomassi, o avanço do
pós-pago está ligado ao fato de que esses planos terem melhores
condições em relação aos dados. “Pessoas têm desejado acesso à web, e
melhores condições estão ali, incluindo os planos controle”, disse.
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