Lideranças de oposição ao presidente Evo Morales, da Bolívia,
decidiram radicalizar os protestos e paralisar o país. Liderados por
Luis Fernando Camacho, presidente do Comitê Cívico Pró-Santa Cruz, os
opositores afirmam que fecharão serviços públicos e fronteiras para
bloquear a entrada de recursos e forçar a renúncia de Morales.
Eles querem novas eleições e a saída do presidente. Camacho afirma
ter o apoio da polícia e das Forças Armadas para sustentar a
paralisação.
Líderanças de oposição e do Comitê Nacional de Defesa da Democracia
(Conade) decidiram "paralisar desde à 0h de hoje (5) todas as
instituições estatais e as fronteiras da Bolívia de maneira pacífica,
mas firme e comprometida, com a única ressalva de deixar funcionando os
aeroportos internacionais e serviços básicos essenciais e emergências
médicas".
No sábado, Camacho afirmou que Evo Morales teria 48 horas para
renunciar. O prazo do "ultimato" terminou na noite de ontem e Camacho
decidiu ir a La Paz entregar ao presidente um documento pedindo sua
renúncia.
Durante a madrugada, ao desembarcar na capital boliviana, o opositor
foi impedido de sair do aeroporto, pois havia manifestantes pró-Morales
esperando-o. Assim, ele teve de regressar a Santa Cruz na manhã de hoje
por medida de segurança.
Hoje é o 15º dia de protestos no país. As manifestações começaram no
dia 20 de outubro, após as eleições que deram a vitória em primeiro
turno a Evo Morales, após uma confusa apuração, com suspeitas de fraude
eleitoral.
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