Cinco pessoas foram presas em uma operação realizada ontem (5) pela
Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados da Polícia Civil para cumprir
mandados de prisão e de busca e apreensão contra uma organização
criminosa acusada de praticar furto de petróleo e derivados de dutos da
Transpetro, subsidiária da Petrobras, no norte fluminense.
A Operação Sete Capitães foi realizada nos municípios de Macaé,
Quissamã, Carapebus, Rio das Ostras e Casimiro de Abreu, no Rio de
Janeiro, e também no Paraná, com apoio do Ministério Público estadual,
Secretaria de Estado de Fazenda, Agência Nacional de Petróleo (ANP),
Petrobras e Transpetro.
As investigações tiveram início há cerca de 10 meses e apontaram que
os criminosos localizavam os dutos de petróleo bruto e faziam uma
derivação clandestina, chamada trepanação, por onde desviavam o produto
para caminhões-tanque. A carga de petróleo bruto era levada para cidades
do Paraná.
De acordo com o delegado Julio da Silva Filho, que comandou a ação, a
investigação levantou que a organização fazia em média de duas a três
retiradas por semana, totalizando cerca de 150 mil litros de petróleo e
derivados desviados dos dutos da Transpetro. As investigações apontam
que o petróleo furtado era enviado em caminhões bitrens para as cidades
paranaenses.
Os presos vão responder pelos crimes de organização criminosa, contra
a ordem econômica, furto duplamente qualificado e contra o meio
ambiente. A prática do furto ilegal de combustível, além de ser uma ação
criminosa, representa um risco para o meio ambiente e para as pessoas
que residem próximo aos locais.
Entre os presos estão, o sargento da Polícia Militar Paulo Roberto
Ramos Júnior, que dava cobertura para a ação do grupo no furto de
combustível. Foram presos também Evangelista Raimundo da Luz e Ubiraci
Menezes de Jesus, além dos vigilantes Celmo de Oliveira Félix, 36 anos, e
Fernando Luís Garcia dos Anjos, de 39 anos, presos em Macaé. Eles eram
contratados para fazer a segurança de dutos da subsidiária da Transpetro
na região.
O delegado Julio da Silva Filho disse que os dois acabaram cooptados
pelo grupo criminoso, com vantagens em dinheiro e acabaram garantindo
que os comparsas praticassem os crimes sem serem incomodados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário