Há cerca de dois anos, a advogada
Janaína Andrade foi aprovada em um concurso do Tribunal Regional
Eleitoral (TRE), mas nunca foi chamada. “Passei em 117º lugar, mas só
chamaram uns 50, porque grande parte das vagas disponíveis foi ocupada
por servidores requisitados de outros órgãos”, reclama ela.
Indagada sobre a quantidade de vagas
oferecidas no edital, Janaína apontou outro problema: “Era para cadastro
reserva. Eles tinham vagas, mas não quiseram se comprometer, então
disseram que era para cadastro reserva. Muitos concursos fazem isso”,
conta a ex-concurseira que, cansada de esperar pela nomeação, hoje
trabalha num escritório privado.
Quando a lei geral dos concursos,
aprovada pelo Senado, passar também pela aprovação da Câmara de
Deputados, as situações descritas pela advogada deixarão de existir.
Ou pelo menos deixarão de ter amparo legal. O projeto, de autoria do senador Marconi Perillo, cria regras para a aplicação de concursos públicos e já tramita no Congresso desde 2010. Agora, depende apenas da aprovação na Câmara, que está em recesso e retorna às atividades no dia 1º de agosto.
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