A Chapecoense é um raro exemplo de
sucesso no futebol brasileiro dentro e fora do campo. Parte da equipe
estava num avião que caiu na cidade de La Unión, próximo a Medellín, na
Colômbia. Autoridades colombianas informam que ao menos 75 pessoas,
entre a delegação do time e jornalistas brasileiros, morreram na queda.
O Furacão do Oeste catarinense pegou a
experiência de sucesso dos empresários locais (da indústria de carne)
para subir a cada ano no mundo da bola.
Ao contrário dos grandes clubes
brasileiros, a Chapecoense tem um orçamento enxuto, executivos de
sucesso na iniciativa privada no comando e jogadores desconhecidos
ganhando salários “realistas”.
A fórmula deu certo novamente neste ano.
O time da cidade de apenas 200 mil habitantes ganhou o campeonato
catarinense, está em nono lugar no Brasileiro e chegou na final do
torneio continental.
Desde 2008, quando os executivos locais
decidiram investir no futebol, a Chapecoense teve uma ascensão rápida. A
equipe pulou da Série D para a A em cinco anos.
Desde 2014, o time está na elite do futebol nacional.
No início do ano, quando fui fazer uma
reportagem sobre a experiência de sucesso do agronegócio no futebol, os
dirigentes me contaram que o orçamento para 2016 seria de cerca de R$ 45
milhões (quase dez vezes menor que o do Flamengo, que pretende gastar
R$ 400 milhões em 2016).
“Dinheiro demais também pode atrapalhar.
O importante é saber gastar e conseguir se sustentar sem depender dos
outros”, contou o presidente do Conselho Deliberativo da Chapecoense,
Plínio David De Nês Filho, o Maninho.
“O nosso modelo evita depender dos
cofres públicos. Acreditamos que a prefeitura não precisa investir no
futebol, mas na educação e na saúde da população”, acrescentou Maninho,
que por pouco não embarcou no avião. Ele ficou em São Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário