Eles
são responsáveis por zelar pelo dinheiro público e cobrar austeridade
nos gastos da União, estados e municípios, mas o rigor que deveria ser
aplicado aos governantes nem sempre existe entre os próprios
conselheiros dos tribunais de contas e muitos deles, em diferentes
regiões do país, são réus em processos que correm na Justiça.
Levantamento feito pelo GLOBO no Superior Tribunal de Justiça (STJ)
mostra que quatro ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) e 37
conselheiros de tribunais de contas estaduais estão sob o escrutínio de
algum tipo de investigação. O número equivale a 15% dos 240 ocupantes
destes cargos nas 34 cortes existentes no Brasil.
Ao todo, eles respondem a 22 ações penais e 37 inquéritos em pelo menos
15 estados e no Distrito Federal. Os cargos de conselheiros dos
tribunais de contas são vitalícios, com salários que pode chegar a R$ 30
mil mensais, e a maior parte deles é ocupada por meio de indicações
políticas. Não faltam casos de processos por corrupção abertos por
flagrantes em pleno exercício do cargo, até com condenações.
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