A greve dos jogadores do Mogi Mirim Esporte Clube, equipe do interior
paulista que disputa a série C do Campeonato Brasileiro, criou um
empasse na Série C do Campeonato Brasileiro de futebol. Os atletas
decidiram não entrar em campo contra o Ypiranga de Erechim, time do Rio
Grande do Sul, nesse domingo (13) em protesto contra a falta de
pagamento de salários. Segundo os jogadores, há profissionais que não
recebem há seis meses.
De acordo com o regulamento, além de
perder os pontos relativos a partida, o Mogi Mirim poderá ser excluído
de campeonatos oficiais por até dois anos, caso abandone a competição
por falta de jogadores. A Federação Nacional dos Atletas Profissionais
de Futebol apoiou a ação dos atletas e disse que vai encaminhar ao
Superior Tribunal de Justiça Desportiva a denúncia pela falta de
pagamentos dos salários.
“Apesar de sua história e tradição,
clube com o perfil do Mogi Mirim não interessa ao mercado brasileiro. Se
há um contrato assinado, deve ser cumprido. Se não há condições de
cumprir corretamente o papel de empregador, afaste-se, que faça futebol
amador, não profissional”, disse a entidade em nota.
De acordo
com a direção do Mogi Mirim, a intenção não é abandonar o campeonato. O
clube diz buscar maneiras para conseguir pagar os atletas, mas caso os
jogadores decidam romper o contrato que têm com o clube, o time pode
ficar sem jogadores para continuar na disputa. Se o time deixar a série C
do Campeonato Brasileiro, todos os jogos já disputados até agora pela
equipe do interior de São Paulo seriam anulados.
O sindicato dos
atletas e a direção do time devem iniciar uma negociação a partir de
amanhã (15) para chegar a uma solução para o pagamento dos salários
atrasados e para a continuidade do campeonato.
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