A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen
Lúcia, afirmou hoje (15) que, no que depender dela, o Brasil dará um
basta à onda de corrupção no país.
“Eu gosto e confio no Brasil e
não quero me mudar do Brasil. Nas condições em que o país está, precisa
ser mudado”, disse a ministra, ao encerrar, no fim da manhã desta
terça-feira, o encontro Mitos & Fatos, promovido pela rádio Jovem
Pan, em São Paulo.
Abordada por uma jornalista quando saía do
evento, Cármen Lúcia disse que “não tem nada pautado”, no âmbito do STF,
impondo risco de reversão da decisão que possibilitou levar condenados
em segunda instância à prisão.
Pouco antes, a ministra se encontrou com o juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância, que, ao abrir o encontro, manifestou preocupação com os rumos de medidas que possam não dar sequência aos trabalhos do Ministério Púbico Federal (MPF).
Pouco antes, a ministra se encontrou com o juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância, que, ao abrir o encontro, manifestou preocupação com os rumos de medidas que possam não dar sequência aos trabalhos do Ministério Púbico Federal (MPF).
Em
sua palestra, Cármen Lúcia afirmou que a única forma de viver sem o caos
é preservar os princípios éticos. “Todo ato de desonestidade é uma
forma de fazer com que o outro se sinta injustiçado, e não podemos
deixar que isso prospere”, disse a ministra. Ela destacou a
responsabilidade de cada cidadão nesse processo de valores éticos,
dizendo que, quando uma pessoa fura fila ou pisa na grama, mesmo havendo
uma placa que diz que isso é proibido, está colaborando para que se
adote um comportamento contrário aos princípios desejados.
A
ministra enfatizou que a ética não é apenas uma questão de escolha,
porque está respaldada em princípios jurídicos, que precisam ser
cumpridos. Em defesa desses princípios, Cármen Lúcia afirmou que é
preciso acabar com o conceito histórico na sociedade civil em torno da
corrupção. Os privilégios têm de acabar para se ter de fato uma
república, acrescentou.
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