O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),
Joaquim Barbosa, negou ontem terça-feira a possibilidade de ser candidato à
Presidência da República no ano que vem, embora tenha se declarado
"lisonjeado" de ter seu nome citado em pesquisas de opinião.
"Não tenho a menor vontade de me lançar candidato a presidente da
República", disse o ministro a jornalistas, ao ser questionado sobre uma
pesquisa do instituto Datafolha que o apontou como favorito à Presidência entre
manifestantes que participaram de um protesto em São Paulo. Barbosa disse, no
entanto, que sabe que o grupo entrevistado pelo Datafolha não representava
todos as parcelas da sociedade brasileira. Ele lembrou que já tem mais de 40
anos "de vida pública", dando a entender que não seria o momento de enfrentar
esse desafio. O presidente do STF, que mais cedo tinha se reunido com a
presidente Dilma Rousseff, defendeu "diminuir, mitigar, não suprimir"
a influência dos partidos na vida política brasileira. Ele afirmou que o país
vive uma crise "grave" e de "legitimidade" e defendeu que o
povo seja consultado com mais regularidade, após Dilma propor na véspera o
debate sobre um plebiscito que autorize um processo constituinte para a
elaboração de uma reforma política.
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