sexta-feira, abril 28, 2017

Saiba o que os sindicatos querem com a “Greve Geral”.

Centrais sindicais e movimentos sociais convocaram para hoje uma greve geral. Você sabe o que eles reivindicam?

A paralisação é contra a reforma da Previdência e as mudanças nas leis trabalhistas propostas pelo governo de Michel Temer, segundo a Força Sindical e a CUT (Central Única dos Trabalhadores), que estão entre os organizadores da greve.

Procurada, a Secretaria de comunicação da Presidência não quis se manifestar sobre a greve geral.

‘A cidade vai parar’
A Força Sindical critica a idade mínima para se aposentar e as regras de transição propostas na reforma da Previdência. Segundo o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, a central defende que homens possam se aposentar aos 60 anos de idade e mulheres, aos 58.

Pela proposta do governo, a aposentadoria só seria permitida aos 65 anos para homens e mulheres. O parecer do relator da reforma na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), sugere manter 65 anos para homens, mas fixar em 62 anos a idade mínima para a mulher.

Sobre a reforma trabalhista, Gonçalves diz que a central é contra o fim da contribuição sindical, imposto pago pelos trabalhadores que equivale a um dia de trabalho por ano. Também é contrária à possibilidade de eleger um representante dos trabalhadores que não seja do sindicato para negociar acordos com os patrões.

‘Reforma é para melhorar’
A CUT (Central Única dos Trabalhadores) afirma que vai às ruas pela retirada das duas reformas e da lei da terceirização.
“Não há negociação. Na nossa visão, isso não é reforma. Reforma é para melhorar”. João Cayres, diretor da CUT Nacional e secretário-geral da CUT-SP.

Cayre afirmou que, em relação à Previdência, as regras já haviam mudado no governo de Dilma Rousseff. “Para nós, a questão já estava resolvida com a fórmula 85/95”, disse.

Segundo essa fórmula, o trabalhador consegue se aposentar quando a soma de sua idade com o tempo de contribuição atinge 95 pontos, no caso dos homens, e 85 pontos, para mulheres. Pelas novas regras propostas pelo governo, essa fórmula deixaria de ser aplicada.

Mudanças trabalhistas já foram aprovadas
A reforma da Previdência ainda está em debate na comissão especial da Câmara dos Deputados. Já as mudanças nas leis trabalhistas avançaram: o plenário da Câmara aprovou a proposta na madrugada de quinta-feira (27) e agora o texto segue para o Senado.

O projeto de lei que libera a terceirização em qualquer atividade das empresas já foi sancionado pelo presidente Michel Temer. Até então, não existia legislação específica sobre o assunto. O entendimento da Justiça era que apenas alguns tipos de atividades, que não fossem ligadas à função principal da empresa, poderiam ser terceirizadas.

Paralisações de 15 de março
A greve geral desta sexta-feira não é a primeira manifestação neste ano contra as reformas do governo Temer. Em 15 de março, movimentos sindicais haviam organizado um dia de protestos e paralisações em várias partes do país. Foram registrados atos em ao menos 19 Estados e no Distrito Federal.

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