Em sessão extraordinária nesta quinta-feira (12), a Câmara de
Vereadores rejeitou levar adiante os pedidos de impeachment contra o
prefeito do Rio Marcelo Crivella (PRB). Na votação, os parlamentares que
apoiam a permanência do prefeito no cargo conseguiram a maioria simples
dos votos, com 29 votos contra 16. Quarenta e cinco vereadores
participaram da sessão.
Dois pedidos de impeachment haviam sido protocolados na Casa. Em uma
reunião antes da votação, os parlamentares acordaram que, se a primeira
fosse rejeitada pela Câmara, a segunda seria julgada prejudicada antes
mesmo de ser votada. Assim foi feito.
O público ficou dividido em duas galerias: uma pró-Crivella, que chegou
cedo e surpreendeu a oposição, e outra com ativistas favoráveis ao
impeachment. Do lado de fora, houve empurra-empurra entre os dois
grupos, com os manifestantes que não conseguiram senhas para entrar.
Dentro, os debates também foram acirrados: houve muitas vaias em vários
momentos. O vereador Otoni de Paula (PSC), que defendeu o prefeito ao
microfone, reagiu à plateia "dando uma banana". Depois fez gestos considerados homofóbicos para o público e para David Miranda (PSOL), parlamentar que é gay e defende a bandeira LGBT.
Apesar do processo de impedimento ter sido rejeitado, o Tribunal de Contas do Município decidiu votar as contas de 2017 do prefeito Crivella.
Conforme informou o presidente da Câmara, vereador Jorge Felippe (MDB),
a sessão extraordinária desta quinta serviu para "deliberar sobre
recebimento das denúncias de infração político-administrativa contra o
Excelentíssimo Senhor Prefeito".
Nenhum comentário:
Postar um comentário