O Brasil saiu da recessão, mas os efeitos da crise seguem impactando o
bolso do cidadão brasileiro. Uma pesquisa realizada pela Confederação
Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao
Crédito (SPC Brasil) apenas com consumidores inadimplentes mostra que 46% dos que estão com contas em atraso não acreditamque
terão condições financeiras de pagar o que devem pelos próximos três
meses. O percentual se manteve estável na comparação com 2017, quando
foi de 48%. De forma contrária, 49% dos inadimplentes confiam que vão
conseguir regularizar a situação, sendo que 36% planejam quitar todo o
valor e 13% apenas parte dele.
Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, os
dados reforçam a percepção de que após um ano, as pessoas seguem em
dificuldades financeiras, mesmo com alguns sinais tímidos de melhora da
economia. “O ritmo atual de retomada está longe de produzir efeitos
benéficos diretamente na vida de muitas pessoas, que veem as dívidas se
acumulando e enfrentam dificuldades para honrar compromissos assumidos.
Embora a inflação permaneça controlada e a taxa básica de juros esteja
em seu menor nível histórico, o grande número de pessoas sem emprego
prova que os reflexos da crise ainda se fazem presentes do dia a dia de
milhões de brasileiros”, explica o presidente do SPC Brasil, Roque
Pellizzaro Junior.
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