quinta-feira, maio 01, 2014

Excesso de peso ainda afeta a maioria dos brasileiros.

Desde 2012, mais da metade da população brasileira está acima do peso ideal 

A prevalência de sobrepeso ou obesidade entre os brasileiros no ano passado se manteve semelhante à de 2012 — ou seja, mais da metade da população do país ainda enfrenta problemas com a balança. No entanto, em oito anos, é a primeira vez em que essa taxa deixou de crescer.

Esses dados fazem parte do Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), levantamento anual feito pelo Ministério da Saúde e cujos dados mais recentes foram divulgados nesta quarta-feira. A pesquisa, que traz um diagnóstico da saúde do brasileiro, coletou informações de cerca de 53 000 pessoas com mais de 18 anos de todas as capitais e do Distrito Federal, de julho de 2012 a fevereiro de 2013.

De acordo com o levantamento, em 2013 50,8% dos brasileiros estavam acima do peso ideal – desses, 17,5% tinham obesidade. No ano anterior, os números foram praticamente os mesmos: 51% das pessoas tinham excesso de peso, sendo que 17,4% eram obesas. Foi em 2012 a primeira vez em que o excesso de peso passou a atingir mais da metade da população do país. A pesquisa também mostrou que o excesso de peso é mais comum no sexo masculino: 54,7% dos homens estão acima do peso, contra 47,4% das mulheres. Já a taxa de obesidade é equivalente em ambos os sexos.

O nível de escolaridade parece ser um fator importante para o risco de excesso de peso. Segundo o estudo, entre mulheres que estudaram durante até oito anos, 58,3% estão acima do peso ideal, sendo que 24,4% são obesas. Já entre aquelas que estudaram ao longo de doze anos ou mais, a prevalência de excesso de peso é de 36,6%, e de obesidade, 11,8% — menos da metade das mulheres com menor nível de escolaridade.

“O maior acesso à informação pode ter um peso importante nesse resultado. Isso é fundamental porque demonstra claramente que é possível persistir e ampliar as políticas publicas para expandir os resultados que temos nos mais escolarizados para as outras faixas”, afirma o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.

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