Agente de saúde verifica um
passageiro na saída do aeroporto de Conacri, na República da Guiné. As
medidas fazem parte de um programa de ações contra a propagação do vírus
Ebola em todo o continente africano
O governo brasileiro reforçou
recomendações às equipes de saúde encarregadas de atender passageiros
que apresentaram problemas como febre, diarreias ou hemorragias
durante viagem ao Brasil. A medida, na avaliação do Ministério da Saúde,
é suficiente para identificar de forma rápida casos de uma eventual
contaminação por ebola nos viajantes. O vírus, de acordo com a
Organização Mundial da Saúde, é responsável por epidemia que até agora
atingiu 1.300 pessoas e provocou 729 mortes na África Ocidental.
Medidas mais drásticas, como a suspensão
de voos, não estão sendo analisadas. Pela rotina, a tripulação é
orientada a encaminhar passageiros que apresentem sintomas de doenças
cuja causa não é identificada a agentes sanitários instalados em portos e
aeroportos brasileiros. Depois do desembarque, o viajante é encaminhado
para uma área remota, quando é avaliado por profissionais de saúde. “A
atenção é praxe, e é dada para sintomas de voos procedentes de todos os
locais, não apenas de regiões africanas”, afirmou o secretário de
Vigilância do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa. Nesta quinta-feira, a
Organização Mundial de Saúde anunciou um plano de 100 milhões de
dólares para combater a epidemia do ebola. O governo brasileiro deverá
enviar na próxima semana dez kits para Libéria e Serra Leoa, com itens
usados em catástrofes. No início do mês, um conjunto com os mesmos
produtos foi encaminhado para Guiné. Cada kit é suficiente para atender
necessidades de 500 pessoas por três meses.
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