A presidente Dilma Rousseff em
cerimônia de lançamento do Plano Nacional de Defesa Agropecuária, no
Palácio do Planalto, Brasília(Evaristo Sá/AFP)
O senador Aécio Neves (MG), presidente
nacional do PSDB, recebeu nesta quarta-feira do ex-ministro da Justiça,
Miguel Reale Junior, um parecer recomendando que a legenda desista de
pedir no Congresso Nacional a abertura de processo de impeachment da
presidente Dilma Rousseff. A estratégia apresentada pelo jurista, que
foi ministro da Justiça do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, é
entrar com um pedido de ação penal contra a presidente no Ministério
Público Federal pelas pedaladas fiscais, manobra que consiste em atrasar
repasses do Tesouro Nacional aos bancos federais para o pagamento de
benefícios sociais.
O parecer tentará demonstrar que a
manobra contaminou a atual gestão. O documento foi debatido nesta quarta
em uma reunião em Brasília com os senadores Aloysio Nunes Ferreira
(SP), Cássio Cunha Lima (PB), líder do PSDB no Senado, e os deputados
Carlos Sampaio (SP), líder do PSDB na Câmara, e Bruno Araújo (PE), líder
da minoria.
O PSDB submeterá o parecer aos
presidentes do partidos de oposição em uma reunião na manhã desta
quinta-feira no gabinete de Aécio no Senado.
A opção escolhida pelo PSDB frustra
parte da bancada do partido na Câmara, que pressionava a legenda por um
pedido direto no Congresso. Essa tese perdeu força depois que o
presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sinalizou que arquivaria o
pedido.
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