sexta-feira, março 17, 2017

Análise: Corinthians cria muito, mas peca na pontaria contra Luverdense.

Fábio Carille repete a cada entrevista coletiva que ainda precisa ajustar o ataque do Corinthians. E a atuação no empate por 1 a 1 contra o Luverdense, na quarta-feira, em Itaquera, deixou isso ainda mais nítido. É verdade que o adversário não possui grande qualidade técnica, mas o Timão fez um bom jogo, que valeu a vaga na quarta fase da Copa do Brasil, e mostrou evolução em alguns pontos exigidos pelo treinador. A dificuldade está em decidir as partidas.

Na lição 1 do professor Carille, o Corinthians precisa triangular. Leia-se: ter sempre três jogadores próximos para trocar passes rápidos e assim abrir a defesa rival. Jadson e Rodriguinho fizeram isso muito bem pelo lado direito com Fagner. Em alguns momentos mostraram até que por lá pode estar a grande arma ofensiva da equipe para o restante da temporada.

O enorme espaço dado pelo Luverdense entre a linha de defesa e o meio de campo permitiu que o Corinthians chegasse constantemente na área. Guilherme Arana, Maycon e Romero também apareceram com força pela esquerda. Vale destacar o empenho tático do paraguaio em ajudar a marcação, arrancando aplausos e gritos de incentivo da torcida, que tanto o cobra.

A atuação de Jadson e Rodriguinho evidenciou a evolução da dupla de “cérebros” corintianos. Se nas últimas partidas ambos não empolgaram, nesta quarta o desempenho esteve mais próximo do que Carille deseja. Os dois desfilaram diante da liberdade dada pelo Luverdense e foram decisivos para a boa atuação do primeiro tempo.

Pode ser nervosismo, ansiedade, má pontaria, mas o fato é que o Corinthians aproveita muito pouco o que cria. O gol de Jô após confusão dentro da área foi pouco. Como disse Rodriguinho depois da partida, o Timão poderia ter goleado. Poderia mesmo. Mas os números comprovam a ineficiência ofensiva. Em 21 finalizações, a equipe acertou apenas cinco no alvo. Quase nada para quem sonha com títulos.

– Chegamos várias vezes na cara do gol, foi o jogo em que mais finalizamos e fizemos o goleiro trabalhar. A gente criou. Chegamos na cara do gol, com jogadas pelos lados, bolas paradas funcionando. Temos de ter mais precisão para buscar a tranquilidade dentro do jogo – afirmou o técnico Fábio Carille.

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