Salgante: numa porção de 1,25 gramas (equivalente a 1/4 colher de chá), há 0,55 mg de potássio
Um ingrediente que serve para salgar os
alimentos, mas não é sal. O produto em questão é o ‘salgante’, vendido
há mais de dez anos nos Estados Unidos, e livre de sódio na sua
composição. Desde setembro deste ano, é possível encontrá-lo nas
prateleiras brasileiras. Um pote de 100 gramas sai por 16,90 reais.
Aprovado no país pela Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março deste ano, o ingrediente é
formado principalmente de potássio – uma porção de 1,25 gramas
(equivalente a 1/4 colher de chá), contém 0,55 mg de potássio, de acordo
com a Anvisa. Para permitir sua venda nos mercados, o salgante foi
avaliado pelo órgão como novo alimento, segundo as resoluções 16/99 e
17/99, por se tratar de uma classe de produto sem regulamentação
específica – o que significa que é o único do gênero no país.
Por não conter sódio, composto que eleva
a pressão arterial, o produto é vendido como uma forma alternativa para
que hipertensos salguem os alimentos. Porém, estima-se que um terço dos
pacientes hipertensos sofra de insuficiência renal. A ingestão em
excesso do potássio é perigoso para pessoas com problemas no rim, uma
vez que o órgão não consegue eliminar o excedente do mineral pela urina.
“Caso a pessoa tenha insuficiência
renal, o potássio pode se acumular no corpo e provocar arritmias
cardíacas fatais. Seria trocar um problema pelo outro”, explica Marcelo
José de Carvalho Cantarelli, cardiologista do Hospital e Maternidade São
Luiz Anália Franco, em São Paulo. Apesar do perigo, não há nenhuma
contraindicação na embalagem do produto.
Segundo Cantarelli, antes de incorporar
na dieta um alimento rico em potássio como o salgante, é importante
consultar um médico para verificar se os rins estão funcionando
plenamente.
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