O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes
Aeronáuticos (Cenipa) confirmou a informação antecipada pelo jornal O
Estado de S.Paulo de que a tripulação que transportava o presidenciável
Eduardo Campos não havia realizado o treinamento de transição para
operar o modelo Cessna 560 XLS+. Investigação conduzida por um equipe de
18 integrantes também constatou que o avião fez um procedimento de
aterrissagem diferente, uma espécie de “atalho”, do que é recomendado.
As investigações preliminares indicam não haver indícios de falha técnica no avião, que caiu no dia
13 de agosto do ano passado no bairro do Boqueirão, em Santos, matando 7
pessoas. A partir de agora a ênfase será dada na análise de fatores
humanos e operacionais.
O investigador encarregado, tenente coronel Raul de Souza, evitou falar em falha humana.
Admitiu que o tanto piloto Marcos Martins quanto copiloto Geraldo
Magela Barbosa não tinham a proficiência requisitada. Ele, no entanto,
disse ser necessária avaliar o quanto essa deficiência foi determinante
para o acidente. Mesmo assim, o Cenipa recomendou que a Agência Nacional
de Aviação Civil verifique se as tripulações habilitadas para voar o
modelo modelo Cessna 560 XLS+ no Brasil tenham recebido o devido
treinamento. “Cabe à Anac adotar os procedimentos para eliminar qualquer
condição de risco”, disse.
Em entrevista coletiva nesta tarde, os investigadores revelaram que o
piloto tinha condições de efetuar a aterrissagem na manhã do acidente,
apesar das condições climáticas. O piloto, no entanto, fez uma
aproximação no Aeródromo de Santos diferente do recomendado. As
investigações não indicam falha técnica na aeronave.
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