O ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, negou, em seu perfil no
Facebook, na manhã desta terça-feira (29), que tenha “agido a serviço do
PSDB” ao denunciar o ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel
Vieira Lima (PMDB), o que levou à saída de ambos do governo Michel Temer
(PMDB).
Calero se referia a informações que circulam em redes sociais de que o
seu antigo partido iria se beneficiar com a desestabilização da gestão
Temer. Ele também mencionou uma foto que vem sendo veiculada em que
aparece junto com a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), e
afirmou que a busca por uma explicação para a sua denúncia reflete a
“deterioração moral e ética” do País.
“Infelizmente, sabemos que fazer o certo tem o seu preço. Como disse
em recente entrevista, sabia que qualquer coisa fariam ou farão para
minar minha reputação e credibilidade, como se eu é que tivesse feito
algo de errado. Nossa deterioração moral e ética chegou a um nível tal,
que muita gente acha ‘impossível’ alguém simplesmente fazer o correto e
buscam uma ‘explicação’ que não existe. Não podemos mais tolerar a
esculhambação que é a política do nosso País”, escreveu o ex-ministro no
Facebook.
Quanto à deputada, Calero disse não ter ligações com ela, e afirmou
que a foto que circula foi tirada quando ele era secretário de cultura
do município do Rio. Sobre sua filiação ao PSDB, explica que ficou no
partido por “quase dez anos” e que, desde setembro de 2015, está no
PMDB.
“Jamais agiria a favor de terceiros”, afirmou.
Calero denunciou Geddel por agir em benefício próprio ao tentar
intervir numa decisão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (IPHAN) na Bahia para a liberação da construção de um prédio em
Salvador no qual tem um apartamento. Depois da revelação, Calero pediu
demissão, seguido de Geddel, na semana seguinte.
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