segunda-feira, janeiro 22, 2018

Venezuela classifica novas sanções da UE como "indignas e ilegais"

O governo da Venezuela rejeitou nesta segunda-feira (22) as sanções impostas pela União Europeia (UE) a sete altos funcionários do país e as qualificou como "indignas" e "ilegais". As informações são da EFE.

O ministro de Relações Exteriores venezuelano, Jorge Arreaza, publicou hoje um comunicado no qual "rejeita energicamente as medidas restritivas impostas" pela UE "de maneira ilegal e unilateral".

"O governo bolivariano da Venezuela rejeita categoricamente as decisões erráticas, intervencionistas, coercitivas e ilegais que a União Europeia anunciou contra a Venezuela", escreveu o chefe da diplomacia venezuelana.

Devido à "repressão" na Venezuela, a UE formalizou hoje as sanções contra o "número dois" do chavismo, Diosdado Cabello; o presidente do Tribunal Supremo, Maikel Moreno, e o ministro de Interior e Justiça, Néstor Reverol.

Completam a lista o chefe do serviço de inteligência, Gustavo Enrique González; a presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Tibisay Lucena; o procurador-geral Tareq William Saab, e o ex-comandante da Guarda Nacional Bolivariana, Antonio José Benavides, segundo disseram à Agência EFE fontes comunitárias.

Segundo o governo chavista que comanda a Venezuela desde 1999, estas sanções "violam os preceitos fundamentais da Carta das Nações Unidas e pretendem exercer uma grosseira ingerência em assuntos internos".

Hoje a UE "volta a oferecer provas irrefutáveis da sua notável subordinação perante o governo supremacista e racista de Donald Trump", acrescenta o comunicado de Caracas, em alusão às sanções impostas antes pelo governo dos Estados Unidos contra vários funcionários venezuelanos.

O governo de Nicolás Maduro ainda acusa a UE de "infringir seus próprios princípios fundacionais" e de transgredir "a mais elementar legislação do Direito Internacional e ameaçar a estabilidade" da nação sul-americana.

"A Venezuela exige da UE respeito à sua soberania (...) e reivindica imediatamente a cessação das políticas hostis, e se reserva a ações necessárias" neste caso, concluiu a nota.

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