quarta-feira, fevereiro 21, 2018

Elefante que morreu no zoológico de Brasília pode ter sido envenenado

A Fundação Jardim Zoológico de Brasília informou hoje (21) que as investigações sobre a morte do elefante Babu, no último dia 7, indicam duas hipóteses: causa natural ou criminosa. O animal foi trazido da África do Sul com três anos de idade e tinha 25 quando morreu. Em cativeiro, elefantes vivem cerca de seis décadas. O Departamento Especial de Proteção ao Meio Ambiente e à Ordem Urbanística (Dema), da Polícia Civil, investiga o caso.

Exames realizados por três laboratórios detectaram a presença de chumbo, arsênio, mercúrio e cumarina no organismo de Babu. A cumarina é um componente do raticida conhecido como chumbinho e nenhum desses elementos químicos é, geralmente, encontrado no ambiente onde o elefante vivia.

Segundo o diretor-presidente da fundação, Gerson Norberto, o animal foi submetido a uma necrópsia e as investigações continuam para saber se Babu foi envenenado ou se morreu em decorrência de uma pancreatite congênita (lesão de pâncreas herdada de seus pais e formada em seu organismo desde seu nascimento).

"Foi um alerta muito grande. Temos que esclarecer o ocorrido, para que possamos seguir com nossa missão, que é a preservação dos animais", afirmou Norberto, com pesar.

Os laudos que constataram os elementos químicos no animal foram emitidos por três laboratórios: o de Tecnologia em Sanidade Animal (Tecsa); o veterinário da Universidade Estadual Paulista (Unesp), localizado em Botucatu, e o da Universidade de Brasília (UnB). Uma atualização dos resultados deve ser divulgada dentro de um mês.

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