Os policiais civis do Distrito Federal iniciaram hoje (21) uma greve
de 72 horas. Desde as 8h da manhã, até as 8h de sábado (24), só estão
sendo registrados flagrantes e ocorrências de crimes graves, como
homicídio, latrocínio e estupro. Segundo o Sindicato dos Policiais Civis
do DF (Sinpol-DF), apesar do registro de crimes hediondos, nenhum
desses crimes será investigado durante o período de greve.
A
paralisação foi decidida na terça-feira (20) em assembleia da categoria.
De acordo com levantamento do Sinpol-DF, estão paralisadas 31
delegacias circunscricionais, 20 delegacias especializadas, além das
delegacias operacionais e administrativas.
“A decisão dos policiais é em protesto contra o governo Rollemberg, pela falta de avanço nas negociações salariais. O governo se nega a apresentar proposta de recomposição das perdas, que já chegam a 50% dos salários dos policiais”, disse o Sinpol-DF em nota.
“A decisão dos policiais é em protesto contra o governo Rollemberg, pela falta de avanço nas negociações salariais. O governo se nega a apresentar proposta de recomposição das perdas, que já chegam a 50% dos salários dos policiais”, disse o Sinpol-DF em nota.
A Secretaria da Casa
Civil, Relações Institucionais e Sociais do Distrito Federal informou,
em nota, que, em dezembro, o governo se reuniu com o Ministério do
Planejamento com o objetivo de buscar alternativas para viabilizar a
reabertura das negociações com a Polícia Civil. “Vale destacar ainda que
não é possível arcar com novos reajustes sem uma nova fonte contínua de
receitas”, acrescenta a nota, que reconhece também a importância da
corporação e do trabalho desenvolvido pela categoria para a manutenção
da segurança pública no DF.
Uma nova assembleia da categoria,
também com indicativo de greve, está marcada para a próxima
segunda-feira (26), às 14h30, na Praça do Buriti.
Sobre os dias
parados, a Secretaria da Casa Civil informou que será aplicada a Lei de
Geral de Greve ao serviço público, conforme decisão do Supremo Tribunal
Federal, “com regras que preveem corte de ponto e de vantagens nos dias
de falta aos servidores que participarem de greves e paralisações”.
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