quinta-feira, setembro 08, 2016

Festa faz ode à inclusão, pede mundo mais acessível e abre Jogos do Rio.



Diante de tantas histórias improváveis, a fala costuma ganhar ares de um discurso de superação. Mas é preciso ver além. Nesta quarta-feira, uma imensa festa quis quebrar barreiras. Em uma celebração às diferenças, os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro tiveram início sob um único lema: o coração não conhece limites. Ao passar a ideia de que, mesmo diferentes, somos iguais, a cerimônia de abertura encheu o Maracanã de beleza, poesia e com o ideal de que deficiência não se traduz em inferioridade. A honra de representar um país ainda longe de ser inclusivo coube a Clodoaldo Silva. Ao mudar a imagem do movimento paralímpico do Brasil com uma carreira de conquistas, o nadador se tornou gigante. Nesta noite, ao acender a pira dos Jogos, carregou a mensagem de urgência em busca da inclusão.

A festa desta quarta dá início à maior competição paralímpica do planeta. No total, são 4.314 atletas, de 159 países, na disputa de 23 modalidades. A cerimônia não contou com a presença do presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, ausente em razão da cerimônia de luto de seu compatriota Walter Schell, ex-presidente da Alemanha Ocidental de 1974 a 1979, que morreu no último dia 24 de agosto, aos 97 anos. Michel Temer, presidente do Brasil, esteve presente no Maracanã e foi alvo de protestos e vaias ao abrir oficialmente os Jogos.

no lançamento de dardo, a atleta gingou pelo Maracanã com a bandeira do país e foi a responsável por guiar a delegação brasileira pelo estádio. Outra marca da festa foi a comovente cena da ex-atleta Márcia Malsar que, de bengala, caiu com a tocha e se reergueu sob muitos aplausos do público.

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