A maior cidade do país é também a mais monitorada, São Paulo tem um
milhão de câmeras espalhadas por todos os lados. Um paulistano que sai
de casa de manhã e volta no fim do dia é gravado em média 50 vezes. Nos
shoppings, nos metrôs, nos supermercados, nas farmácias, as câmeras
estão por toda parte.
Você já parou para pensar? Sua imagem pode estar sendo gravada neste exato momento. Em São Paulo ou qualquer lugar do mundo.
Na Rússia, por exemplo, Marina, noiva de Alexandre, viu Alexandre, com
uma antiga namorada. O encontro, quem imaginaria, foi gravado por um
satélite. A cena acabou em um site de localização. E Justamente ela - a
noiva - precisou de um endereço: deu de cara com a prova da traição.
"Eu vi uma silhueta bem parecida e pensei: ‘será possível, este rapaz é tão parecido com o Alexandre’. Olhei mais de perto e vi que era ele mesmo", conta a noiva.
"Eu vi uma silhueta bem parecida e pensei: ‘será possível, este rapaz é tão parecido com o Alexandre’. Olhei mais de perto e vi que era ele mesmo", conta a noiva.
O noivo bem que tentou explicar. Mas não teve perdão.
“As câmeras espalhadas por aí significam que, com certeza, a mentira
também fica com a perna mais curta”, afirma Patrícia Peck Pinheiro,
especialista em direito digital.
Câmera é testemunha e imagem é documento. Em uma rede de lavanderias as
lentes fiscalizam até a roupa e não perdem nenhum detalhe: “Inclusive
se tiver alguma mancha, algum furo, a marca da roupa, é tudo mostrado,
tudo gravado”, conta Sérgio Marques Gedor, gerente da lavanderia.
Na hora da entrega não tem bate-boca. Quem é que vai discutir com a
imagem? A câmera é testemunha. Registrou, não tem discussão.
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