segunda-feira, agosto 31, 2015

Raiva humana no Rio Grande do Norte.

O último caso de raiva humana registrado no RN foi em 2010, no município de Frutuoso Gomes, neste caso sendo o morcego o animal transmissor da doença. No mundo estima-se que a raiva leve a óbito uma pessoa a cada dez minutos, especialmente na Ásia e África, sendo os casos de sobrevivência raros, pois a doença é considerada 100% letal. Este ano o Brasil já registrou um óbito humano por raiva transmitida por um cão de rua no estado do Mato Grosso do Sul.

No Rio Grande do Norte, segundo dados do Programa Estadual de Controle da Raiva da Sesap em 2015 já foram diagnosticados laboratorialmente 26 casos de raiva animal em 14 municípios. São eles: Acari, Caicó, Ceará-Mirim, Encanto, Monte Alegre, Natal, Pau dos Ferros, Pedro Velho, Riacho de Santana, São Fernando, São Gonçalo do Amarante, Serrinha dos Pintos, Tenente Ananias e Várzea. Os animais acometidos foram, sobretudo bovinos (12 casos) e morcegos não hematófagos (9 casos). Além desses animais, também chama a atenção o caso de raiva canina ocorrido em Caicó. Os outros animais acometidos foram: suínos, cavalo e raposa.

A raiva é uma zoonose transmitida ao homem pela inoculação do vírus presente na saliva e secreções do animal infectado, principalmente pela mordedura e lambedura. Caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda que apresenta letalidade de aproximadamente 100% dos casos. No Brasil, caninos e felinos constituem as principais fontes de infecção nas áreas urbanas.

A Sesap alerta a população da importância de se buscar atendimento médico para profilaxia da raiva na ocorrência de qualquer agressão por mamíferos (cão, gato, morcego, sagui, raposa, dentre outros). Além disto, reforça a necessidade de vacinar os animais domésticos anualmente contra a raiva, bem como evitar se aproximar de animais desconhecidos. A partir da suspeita de raiva em um animal, a recomendação é procurar a Secretaria de Saúde de seu município para encaminhamento da amostra para diagnóstico laboratorial. Diante de um resultado positivo nos animais, medidas de controle devem ser iniciadas na área da ocorrência, como a revacinação em massa dos animais domésticos.

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