A seca ameaça agravar ainda mais o
abastecimento d’água no Rio Grande do Norte. Um rodízio ocorre em 17 dos
29 municípios do Agreste, Potengi e Trairi atendidos pela maior adutora
do Estado, a Monsenhor Expedito. Nestes municípios, a vazão foi
reduzida em 130 m³ por hora, o equivalente a 30% ou 130 mil litros de
água. Com isso, a Companhia de Águas e Esgotos do RN (Caern) deixa de
encher 130 caixas d’água a cada hora, se for considerada cada casa com
uma caixa d’água com capacidade para mil litros. A conta corresponde a
3.120 casas por dia com abastecimento comprometido.
“Se formos levar em conta que cada casa
tenha quatro pessoas, a Caern deixa de atender satisfatoriamente 12.480
habitantes nas regiões Agreste, Trairi e Potengi”, estima Isaías Costa
Filho, gerente de Desenvolvimento Operacional da companhia. “E temos que
considerar que todas essas cidades tem altas temperaturas, o que
provoca mais consumo. As pessoas tomam mais banho e bebem mais água por
causa do calor”, acrescenta.
Com a vazão reduzida e o consumo
aumentado, a Caern acendeu o sinal amarelo. Desenvolveu um sistema de
distribuição alternado: em cada dia da semana, um grupo de cidades
recebe água até que a captação na Lagoa do Bonfim, que abastece o
sistema, volte aos índices normais. “A medida foi tomada para não
prejudicar a oferta de água no fim da linha da adutora. Fizemos isso
para que as cidades, propriedades rurais e assentamentos não sofram com o
desabastecimento. Mas claro, pedimos que as pessoas economizem água”,
destacou o gerente.
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