O
número de detentos no sistema penitenciário brasileiro por crimes contra
a administração pública, como corrupção e peculato, cresceu 133% entre
dezembro de 2008 e dezembro de 2012 – sete vezes mais que o aumento da
população carcerária total. Atualmente, 2.703 pessoas cumprem pena no
Brasil por esses motivos, entre funcionários públicos e particulares sem
ligação com o governo. Ainda assim, ocupam menos de 1% das celas do
país.
Os dados
são do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), órgão do Ministério
da Justiça que compila dados prisionais das 27 unidades federativas.
Entre todos os crimes contra a administração pública, o que registrou
maior crescimento foi o peculato – cometido por servidor que se apropria
de bem público no exercício do cargo. O aumento de prisões por esse
crime foi de 220% desde 2008.
Segundo o
Depen, os números levam em conta apenas condenações, e não prisões
temporárias. A série histórica começa em 2005, mas foi só em 2008 que os
registros começaram a ser informados com detalhes pelo órgão. Antes
disso, o número só havia ultrapassado a barreira dos dois mil presos em
2007. No ano seguinte, as prisões desabaram, mas voltaram a crescer
constantemente até chegar aos atuais valores.
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