Após
inspecionarem 22 unidades prisionais situadas em várias regiões do Rio
Grande do Norte, os juízes auxiliares do Conselho Nacional de Justiça
(CNJ), que coordenaram as ações do Mutirão Carcerário 2013 nos polos de
Natal e Mossoró, ratificaram a realidade de completo abandono deste
sistema no Estado.
Reunidos
com a imprensa, em entrevista coletiva, os magistrados Esmar Custódio
Filho e Renato Magalhães, fizeram questão de afirmar que não se pode
considerar delegacias de polícia como locais de vagas no sistema
carcerário.
Frisaram ainda que alguns diretores de unidades não sabem qual a
capacidade de seus estabelecimentos para receberem presos e que a
Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc) precisa aprimorar a
estrutura de informações para que se saiba com exatidão quantos são os
presos provisórios e condenados, por exemplo.
“A
situação é de abandono e caos. Fisicamente, as unidades estão em péssimo
estado”, ressaltou o juiz Esmar Custódio. “Onde está a força do poder
do Estado para resolver esta situação?”, indaga o representante do CNJ. A
constatação é de que entre 90% e 95% das unidades prisionais do Estado
não têm condições para recebimento de presos.
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