Técnicos do governo calculam que o reajuste do salário mínimo deste
ano, abaixo da inflação, vai gerar uma economia maior do que o
inicialmente esperado e pode chegar a R$ 7 bilhões.
O salário mínimo sancionado pelo presidente Michel Temer (R$ 954)
ficou abaixo do que previsto no Orçamento: R$ 965. A diferença de apenas
R$ 11 gerará, neste ano, uma redução com despesas obrigatórias, como
aposentadorias, seguro desemprego, abono.
Esse é um dos fatores que permitirá ao governo bloquear uma parcela
menor do seu Orçamento em 2018. O Ministério do Planejamento pretende
apresentar a revisão do Orçamento até sexta-feira (2).
O congelamento é alvo de discussão na equipe econômica, que avalia
desde não bloquear nada até um contingenciamento inicial de até R$ 3
bilhões. No ano passado, o primeiro bloqueio de recursos do Orçamento
foi de R$ 42 bilhões e, à época, chegou-se a ventilar um aumento de
impostos para fazer frente à meta de deficit fiscal (então de R$ 139
bilhões).
A contenção de gastos no ano passado foi tão intensa que as despesas
obrigatórias ficaram R$ 15 bilhões abaixo do previsto, e a projeção é
justamente o parâmetro para o Orçamento deste ano.
Além disso, o forte corte nas despesas não obrigatórias permitiu que o
governo gastasse R$ 50 bilhões a menos do que o limite do teto de
gastos em 2017.
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