O presidente interino, Michel Temer, se mostrou cauteloso ontem sexta-feira a respeito do processo de impeachment de Dilma Rousseff, mas
disse "crer" que a governante afastada será destituída, por isso se
prepara para continuar no poder e "recuperar a confiança" no país.
"Penso que o Senado avaliará as condições políticas de quem está no
governo e de quem esteve antes", declarou Temer em entrevista coletiva
com correspondentes de veículos de imprensa estrangeiros, na qual
ressaltou "o avanço" experimentado pelo país desde que assumiu o poder
interinamente, no dia 12 de maio.
O processo contra Dilma será retomado na próxima semana e deverá
terminar no fim de agosto, quando Temer ressaltou que "os investidores
saberão com quem falar".
O peemedebista admitiu que o processo político do país representa
incógnitas para os investidores, por isso considerou que "quanto mais
demorar, pior será".
Tachado de "golpista" por Dilma e seus simpatizantes, Temer disse
lamentar a "agressividade" da governante afastada e de muitos de seus
adversários políticos.
"A oposição existe para ajudar a governar, não para destruir os
governos", declarou Temer, que admitiu que não conversou com Dilma nos
últimos meses, mais especificamente pela postura "tão agressiva que ela
tem".
No entanto, esclareceu que, se tivesse a oportunidade, "voltaria a
conversar docemente" com a petista, de quem foi vice-presidente até o
dia 12 de agosto, quando foi aberto o processo de impeachment no Senado.
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