quinta-feira, julho 28, 2016

Prostituta transexual será líder de voluntários na Olimpíada.

A organização da Rio-2016 promete acolher igualmente todos os voluntários, independente de gênero e orientação sexual. A prova disso é a jovem Camila Barros, que no último domingo (23) recebeu a notícia de que atuará entre os 50 mil voluntários recrutados para trabalhar durante o evento esportivo, que começa no próximo dia 5 agosto.

Ela, que á transexual, decidiu ganhar a vida como prostituta no Rio de Janeiro – mesmo correndo o risco de apanhar de clientes -, já que não conseguiu nenhum emprego formal.

“Eu chorei muito quando recebi a confirmação de que estava dentro”, disse ela em uma conversa por telefone com a reportagem do portal Uol.

Camila sempre praticou esportes. Basquete e natação, quando criança. No futsal, foi goleira; no vôlei, bicampeã dos jogos escolares do Rio Grande do Norte. Mas desde que iniciou sua transição, parou de levar a coisa a sério.

Ainda em entrevista à publicação, Camila contou que não sofreu nenhum tipo de repúdio da parte dos organizadores da Rio-2016 por usar seu nome social no crachá de voluntária ao invés do nome de batismo.

“Cheguei lá e disse que queria muito usar meu nome social no crachá, porque meu nome masculino não tem nada a ver com a forma que as pessoas me veem”, conta ela. “Então eles colocaram meu nome social na frente. Na parte de trás tem que ter o outro nome, mas lá ninguém vai ver mesmo.”

No dia em que recebeu seu uniforme, gravou um vídeo mostrando o material. Sua felicidade foi publicada no Facebook atraindo uma enxurrada de ‘likes’. Postou perguntando se haveria outras pessoas trans entre os voluntários, foi chamada de ‘lacradora’ e ‘destruidora’.

Recebeu ainda mais curtidas e memes com as celebridades Inês Brasil e RuPaul, identificadas com o público LGBT.

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