A presidente afastada da República, Dilma Rousseff, afirmou em
entrevista à Rádio Jornal, de Pernambuco, que não autorizou pagamento de
caixa 2 a ninguém durante sua campanha. “Na minha campanha eu procurei
sempre pagar valor que achava que devia. Se houve pagamento (de caixa
2), não foi com meu conhecimento”, comentou Dilma na manhã de ontem
sexta-feira, 22.
O publicitário João Santana e sua mulher e sócia, Mônica Moura,
alegaram nesta quinta-feira que US$ 4,5 milhões recebidos em uma conta
na Suíça tiveram como origem caixa 2 da campanha de Dilma em 2010. O
casal foi interrogado em Curitiba pelo juiz Sérgio Moro, responsável
pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância.
Dilma afirmou ainda que continua lutando para retornar ao poder e
ressaltou que o processo de impeachment só será finalizado com a votação
no Senado, prevista para o fim de agosto. “Na abertura do processo, 22
senadores votaram contra o impeachment. Portanto, só faltam seis ou sete
senadores para garantir que o impeachment não passa. E eu tenho
conversado bastante com os senadores”, comentou.
Ontem, em entrevista à rádio Pampa, Dilma havia dito que há grande
chance de reverter o impeachment, porque os senadores “têm um nível de
responsabilidade muito forte”.
Nesse sentido, a presidente afastada negou que já esteja fazendo sua
mudança do Palácio do Alvorada para Porto Alegre, onde vive sua família.
“O que eu tenho está no Palácio da Alvorada, pouca coisa está em Porto
Alegre. Espero levar as minhas coisas para lá em janeiro de 2019, e
assim como o Lula, eu vou ter alguns tantos contêineres”, afirmou.
Dilma negou a possibilidade de manter a atual equipe econômica caso
volte à Presidência, mas elogiou o ministro da Fazenda, Henrique
Meirelles. “Não vejo nenhum defeito na pessoa do Henrique Meirelles, ele
é capaz e competente”, disse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário