Dois filhos do cantor Dominguinhos
divergem sobre o estado de saúde do pai. Enquanto o mais velho, Mauro
Moraes, afirma que, após quase dois meses internado, o sanfoneiro entrou
em coma irreversível, outra filha, a também cantora Liv Moraes, diz que
o pai ainda tem momentos de consciência.
“Eu não sei o que significa coma
irreversível. Meu pai tem respostas, mexe a mão, abre os olhos, embora
às vezes fique olhando para o nada. O estado dele é muito grave. Os
médicos deram uma porcentagem muito pequena de volta, mas estão
tentando”, disse Liv Moraes.
“Se é irreversível, por que estariam
tentando fazer coisas? Os médicos disseram que a gente não espere uma
coisa maravilhosa, a gente já está preparado, mas nunca disseram
‘acabou’. Dizer que é irreversível é algo muito sério. Estou
profundamente triste com tudo isso. Nunca esperei ver uma notícia
dessas”, completou a filha de Dominguinhos.
AÇÕES NA JUSTIÇA
Além da discordância com seu irmão Mauro
em relação ao estado de saúde de Dominguinhos, Liv Moraes também falou
sobre o incômodo de ter de lidar com as duas ações movidas pelo filho do
compositor e sanfoneiro contra ela.
Em fevereiro deste ano, Mauro entrou com
duas ações no Tribunal de Justiça de São Paulo contra a cantora. A
primeira, que corre em segredo de justiça, diz respeito a uma procuração
pedida por ele para administrar os bens de Dominguinhos.
“Todo mundo sabe que quem cuida das
coisas do meu pai há mil anos sou eu. Quando meu pai ainda estava
consciente, resolveu que minha mãe seria sua procuradora e que nós
cuidaríamos das coisas dele. Meu pai resolveu que daria isso à minha
mãe, não ao filho dele. Não precisa falar mais nada, não é?”, disse a
filha de Dominguinhos.
Na outra ação, Mauro alega que Liv o
impediu de entrar no apartamento de Dominguinhos, em São Paulo, onde ele
está morando desde que o compositor foi internado, e que ela exigiria
que ele deixasse o imóvel.
A filha de Dominguinhos disse que o
governo de Pernambuco tem ajudado no tratamento do artista, e que a
família pretende procurar o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin,
para que também ajude a custear o tratamento.
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