terça-feira, março 12, 2013

Fernandinho Beira-Mar é julgado por homicídio qualificado no Rio.

Começou por volta das 14h desta terça-feira (12), com uma hora de atraso, o julgamento do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, no Tribunal de Justiça, no Centro do Rio. O criminoso, que chegou de helicóptero por volta de 11h, responde por homicídio qualificado. Na entrada do tribunal, escoltado por policiais, escondendo as algemas e de óculos, ele sorriu, acenou e mandou beijos.

Beira-Mar é acusado de orquestrar a morte dos também traficantes Antônio Alexandre Vieira Nunes, Edinei Thomaz Santos e Adaílton Cardoso de Lima, de dentro da penitenciária Bangu 1, onde estava preso em 2002. Apenas o terceiro sobreviveu.

Às 15h, começou a ser interrogado. Antes, a defesa pediu a suspensão da sessão porque nenhuma das seis testemunhas compareceu. A promotoria, por sua vez, disse que não seria necessário, e o juiz Murilo Kieling decidiu prosseguir com o julgamento, e perguntou se o réu usaria de seu direito de permanecer em silêncio. Beira-Mar preferiu responder.

No interrogatório, o juiz perguntou se Beira-Mar teria ordenado os homicídios. "Não, de forma alguma", respondeu o réu. "Tanto que eu mandei socorrer o Adaílton, que era meu olheiro", disse sobre o sobrevivente, que desapareceu após o crime e é uma das testemunhas ausentes.

Beira-Mar afirmou que apenas ordenou a realização de uma reunião na favela Beira-Mar, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, para esclarecer uma guerra que estava acontecendo entre traficantes da comunidade. Nesta época, segundo ele, que estava em Bangu 1, a ordem foi dada por meio de um dos telefones celular que ficavam à sua disposição dentro do presídio. Segundo o réu, durante a reunião, o traficante conhecido como Pepito, teria se descontrolado e atirado a esmo, matando inclusive inocentes.

Estudante de teologia
O traficante contou ainda que iniciou a faculdade de teologia à distância, e que só não está trabalhando porque a unidade penitenciária não oferece esse tipo de serviço.

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