O policial militar reformado e advogado Mizael Bispo, sentenciado a 20 anos de reclusão
pela morte da ex-namorada, a também advogada Mércia Nakashima, recebeu a
condenação “com surpresa”, segundo Wagner Garcia, um de seus
defensores.
O PM reformado respondia por homicídio triplamente
qualificado — meio cruel, motivo torpe e recurso que dificultou a defesa
da vítima — e foi julgado ao longo de quatro dias no Fórum Criminal de
Guarulhos, na Grande São Paulo.
Durante o interrogatório, Mizael chegou a declarar que preferia a morte
a prisão. De acordo com Garcia, o condenado está “triste” porque sempre
"acreditou que era inocente".
— Ele está triste. Até porque não poderia ser diferente. Ninguém que
recebe 20 anos de pena ficaria feliz. E como nossa tese foi sempre de
negativa de autoria, fica evidente que ele recebeu a condenação com
surpresa. Durante todo o tempo, assim como a defesa, ele acreditou que
era inocente.
Apesar do desfecho, Garcia fez uma avaliação positiva do julgamento.
— Nossa avaliação é positiva. No que tange à defesa, nosso trabalho
foi benfeito. A defesa, em nenhum momento, foi fraca. O réu, em nenhum
momento, ficou desprotegido.
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