Três anos após o início da Lava Jato, o eleitorado brasileiro se
divide sobre a percepção de que a corrupção vai diminuir no país depois
da operação, mostra pesquisa realizada pelo Datafolha.
Para 45% dos entrevistados, a incidência do crime será menor após a
ação. A maior fatia do eleitorado, no entanto, pensa diferente: para 44%
ela continuará na mesma proporção, e para 7% a prática aumentará – o
que totaliza 51% dos pesquisados.
Com 39 fases, a Lava Jato provocou impacto profundo na política
nacional. Levou à cadeia ex-ministros, um ex-presidente da Câmara, um
senador, além dos principais empreiteiros do país.
A percepção de que a corrupção continuará no mesmo patamar depois da
Lava Jato é maior entre os mais jovens –chega a 50% na faixa de 16 a 24
anos– e diminui conforme aumenta a idade do eleitorado –fica em 36%
entre os que têm mais de 60 anos.
Já a ideia de que após a Lava Jato a corrupção vai diminuir encontra
eco maior entre os mais ricos, chegando a 54% entre quem ganha mais de
R$ 9,4 mil mensais, e entre quem se declara bem informado sobre a lista
de políticos delatados pela Odebrecht –nesse grupo, 53% acreditam nessa
hipótese. Entre os que não tomaram conhecimento da lista, só 29% confiam
na redução.
A maior fatia do eleitorado acredita que uma parte dos políticos será
presa, mas não a maioria –são 72% nessa categoria. Outros 13% creem que
a maioria acabará encarcerada, e 7% estimam que todos irão para a
cadeia.
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