Números divulgados ontem quinta-feira
(4) pela Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização para os
Perigos da Eletricidade) alertam para os riscos que as famílias
brasileiras têm dentro de casa.
Em 15 meses (janeiro de 2016 a março de
2017), o País teve 782 mortes relacionadas à eletricidade (choque, raios
e incêndios por curto circuito). Isso representa uma média de duas
mortes por dia nesse período.
Desse total, 236 mortes (30%) ocorreram dentro de casa. Ou seja, um caso a cada dois dias, em média.
Muitos dos choques fatais também ocorrem
por pessoas que fazem obras próximas à rede elétrica ou que tentam
fazer ligações clandestinas em postes, por exemplo.
Levando em conta apenas o ano de 2016
(com 592 mortes), o aumento dos acidentes de origem elétrica foi de 5,7%
maior em relação ao ano anterior, totalizando 1.319 casos.
O Nordeste foi a região que mais teve casos: 271; seguido do Sudeste, com 116; e do Sul, com 109.
Em mais de 10% das mortes por choque — incluindo dentro de casa — em 2016, as vítimas tinham entre 0 e 15 anos.
“A garotada de hoje em dia nasceu
tecnológica, é o dia inteiro com tablet, computador, videogame na mão,
põe tomada, tira tomada. Se não tiver o dispositivo correto, a chance
[de choque] é gigante”, diz Edson Martinho, diretor-executivo da
Abracopel.
Ele observa a necessidade de atenção para o uso de benjamins, T ou filtros de linha.
“Trata-se de um dispositivo derivador
técnico provisório. O problema desses dispositivos não são eles, é como
se usa. Uma tomada tem um limite para ser usada”, diz.
Martinho explica que uma tomada comum em
São Paulo suporta cerca de 1.000 watts. Ou seja, ligar equipamentos que
consomem muita energia, como uma geladeira e um micro-ondas na mesma
tomada podem colocar a corrente elétrica em risco. Via R7.
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