Contra “agentes públicos e privados que
ignoram a ética e abram mão dos princípios morais”, a CNBB (Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil) divulgou ontem quinta-feira (4) “O Grave
Momento Nacional”.
Trata-se de um
texto em que a principal entidade católica do país ataca “a relação
promíscua entre interesses públicos e privados, razão primeira dos
escândalos de corrupção”.
“É preciso
construir uma democracia verdadeiramente participativa. Dessa forma se
poderá superar o fisiologismo político que leva a barganhas sem
escrúpulos.”
O documento foi lido por
dom Leonardo Steiner, secretário-geral da CNBB, no último dos dez dias
da 55ª Assembleia-Geral da entidade. Nele não há citações à Operação
Lava Jato, mas críticas ao quadro político nacional encharcam o
conteúdo.
Em nota anterior, os bispos
já haviam alvejado a reforma previdenciária proposta por Michel Temer.
“Os direitos sociais do Brasil foram conquistados com intensa
participação democrática; qualquer ameaça a eles merece imediato
repúdio”, dizia o texto.
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