A investigação sobre formação de cartel
em licitações do Metrô paulista e a suspeita de pagamento de propina a
tucanos detonou uma guerra entre o PT e o PSDB com foco nas eleições de
2014. Os dois partidos mobilizaram suas estruturas no Congresso e em São
Paulo para se atacar mutuamente e tentar atingir os projetos de
reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e da presidente Dilma
Rousseff (PT).
Enquanto os petistas trabalham para
instalar duas CPIs – uma na Câmara dos Deputados e outra na Assembleia
Legislativa paulista – com o objetivo de desestabilizar o governo
Alckmin, a estratégia do PSDB é nacionalizar a crise e jogar o foco para
contratos do metrô feitos em Estados governados pelo PT e com o governo
federal, sendo a maioria firmada com a multinacional Siemens.
A Siemens denunciou o esquema de cartéis
em sete Estados ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade),
na forma de um acordo de leniência – a empresa, envolvida em infração à
ordem econômica, se compromete a confessar o ilícito e apresentar provas
do esquema de corrupção e, em troca, se livra de ação penal.
Deputados do PSDB protocolaram ontem um
requerimento na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara para ouvir
o presidente do Cade, Vinícius Marques de Carvalho, e representantes
das empresas que teriam formado o cartel. Querem que eles falem se o
esquema chegou a governos do PT e de partidos aliados da Bahia, Distrito
Federal, Pernambuco e Rio Grande do Sul.
Nenhum comentário:
Postar um comentário