Pesquisa publicada ontem terça-feira nos
Estados Unidos explica como uma noite de sono mal dormida afeta o
cérebro e aumenta o apetite das pessoas. A descoberta ajuda a explicar a
relação entre uma noite de pouco sono e a preferência por alimentos
calóricos. O estudo foi realizado na Universidade da Califórnia em
Berkeley, nos Estados Unidos, e ganhou as páginas da revista Nature Communications.
De acordo com o trabalho, a privação do
sono tem um efeito duplo na mente no que diz respeito ao apetite. Um
deles é estimular a resposta de uma parte do cérebro que administra a
motivação de o indivíduo comer diante de um alimento gorduroso – ou
seja, a reação diante da ingestão de uma batata frita ou hambúrguer é
mais forte quando se dorme pouco e estimula a pessoa a comer mais. Ao
mesmo tempo, a falta de sono reduz a atividade do córtex frontal, parte
do cérebro responsável por medir as consequências de se consumir
determinado alimento e por tomar decisões de forma racional.
Ou seja: o cérebro de uma pessoa que
dormiu mal responde de forma mais intensa a alimentos não saudáveis e,
para piorar, tem prejudicada a sua capacidade de rejeitar esse tipo de
comida. A pesquisa mostrou que esse impacto no cérebro ocorre mesmo
quando as pessoas se alimentaram e não estão com fome.
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