quarta-feira, dezembro 02, 2015

Lei da Previdência não inclui recompor saques do Fundo Previdenciário.

O Governo do Estado não fará a recomposição dos saques na previdência ao Fundo Previdenciário do Rio Grande do Norte (Funfir). De acordo com o deputado Fernando Mineiro, líder do governo na Assembleia Legislativa, a lei complementar nº 526, que unificou os fundos da previdência estadual, aprovada no ano passado, afirmava que a restituição do dinheiro sacado deveria ser feito ao fundo da Previdência Complementar, ainda não criado. A informação vai de encontro à recomendação mais recente do Tribunal de Contas do Estado: relatório do corpo técnico afirma que a unificação foi ilegal e pede um plano de recomposição imediata do fundo. O documento ainda será analisado pelo conselheiro Paulo Roberto Chaves.

O artigo nº 18 do Funfir aponta que o Tesouro Estadual tem até 31 de dezembro de 2018 para “aportar ao fundo que vier a ser instituído para o regime previdenciário de capitalização, de natureza complementar, os recursos que tiverem sido usados (…)”. Uma fonte informou à reportagem que o Estado estuda alargar o prazo de devolução dos recursos, mas consultor-geral do Estado, Francisco Wilkie Rebouças, não foi localizado para confirmar a informação.

Dos R$ 973 milhões originalmente disponíveis após a unificação dos fundos, restam R$ 415 milhões. O Estado só tem disponíveis mais R$ 92 milhões para saque, uma vez que o restante do recurso está aplicado em investimentos. Com as retiradas, o governo estava complementando a folha de inativos, deficitária em R$ 90 milhões.

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