O número de assassinatos no Rio Grande
do Norte aumentou 15,4% esse ano, em comparação com o mesmo período do
ano passado – 1 de janeiro a 29 de fevereiro -. Os dados são da
Coordenadoria de Informações Estatísticas e Análises Criminais (Coine),
da Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed).
O índice de homicídio passou de 219 – em
2015-, para 273, uma elevação de 24,7%. De acordo com o coordenador do
Coine, Ivênio Hermes, o número de fugas no Sistema Penitenciário do
Estado e a briga por território entre os criminosos são fatores
responsáveis pelo aumento.
“A criminalidade é um reflexo de várias
ações. O que aconteceu nesses últimos meses foi um reflexo básico do
enfrentamento do tráfico de drogas e fugas do sistema penitenciário.
Muitas pessoas que foram mortas tinham ligações com o narcotráfico ou
eram envolvidas com pessoas nas penitenciárias”, explicou.
“Quando a polícia entra em confronto com
os narcotraficantes, eles se revoltam entre si – pois como eles têm que
fugir, acabam indo para áreas de outros traficantes – e esse combate
entre eles gera muitas vítimas”, acrescentou o coordenador.
Segundo ele, o baixo efetivo policial no
estado piora a situação. “Nosso número não é suficiente para
trabalharmos as políticas de segurança pública. O déficit no efetivo da
polícia civil chega a 75% e na polícia militar a 39%”, detalha.
De acordo com Ivênio, as expectativas
para o próximo mês é que haja redução. “Em março acreditamos que haverá
‘freio de ajuste’, que é quando cada um começa a encontrar seu espaço e
os confrontos diminuem. Áreas como Felipe Camarão, Nossa Senhora da
Apresentação e São Gonçalo do Amarante são onde esses grupos devem se
concentrar”.
Para esse ano, a tendência é um
equilíbrio nas estatísticas. “Se entrar novos policiais e tivermos
políticas de segurança pública, teremos redução até o final do ano. Em
caso contrário, a tendência é termos um equilíbrio nessa taxa”,
ressaltou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário