Um grupo de pesquisadores está acompanhando de perto o impacto do vírus
da zika na saúde ocular dos bebês. Já foi possível verificar que crianças diagnosticadas com microcefalia apresentam problemas na retina e no nervo óptico.
Mas especialistas alertam que as anomalias podem não se limitar às
crianças com microcefalia, daí a importância de se fazer exames
específicos em todos os bebês cujas mães podem ter tido contato com o
vírus.
Um dos desafios que os médicos podem enfrentar nos próximos meses é a
falta de estrutura adequada para examinar e acompanhar a evolução do
quadro ocular dessas crianças. No Nordeste, só uma instituição tem o
equipamento necessário para fazer imagens de alta resolução do fundo do
olho, chamado RetCam: a Fundação Altino Ventura, no Recife.
O oftalmologista Rubens Belfort Jr., professor da Universidade Federal
de São Paulo (Unifesp) que está liderando estudos nesse campo, considera
que o ideal seria ter pelo menos 20 equipamentos como esse em uma
região endêmica como o Nordeste.
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