A região metropolitana de Natal pode não conseguir suprir sua
necessidade de água depois do ano de 2040, caso a temperatura média da
região aumente em 3ºC. O aumento da população e consequente aumento no
consumo de água também vão contribuir para a escassez. O crescimento da
frota de veículos automotores e da emissão de gases poluentes,
causadores do efeito estufa, também podem aumentar a temperatura média,
que provoca ainda doenças cardíacas e respiratórias. Entre os anos de
1960 e 2012 a temperatura aumentou 2ºC, número considerado alto pelos
especialistas. Além das condições climáticas, o crescimento imobiliário e
a falta de saneamento contribuem para a poluição e consumo desordenado
de água.
A região metropolitana de Natal pode não
conseguir suprir a sua necessidade de abastecimento de água depois do
ano de 2040, caso a temperatura média da região aumente em 3ºC neste
período. A informação é de um estudo feito pela empresa de Pesquisa
Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), embasado também no consumo
médio atual e na projeção do crescimento da população para os próximos
anos. As altas temperaturas intensificam o fenômeno de evaporação da
água dos reservatórios, que não conseguem repor do líquido em tempo
satisfatório para a demanda de consumo. Sem ter de onde tirar água em
reservatórios próximos, seria necessário ir buscar no interior do
estado.
O meteorologista Gilmar Bristot, que assinou a pesquisa, contou que o
estudo foi desenvolvido a partir do consumo diário por pessoa da região
metropolitana (220 litros por dia), projetando-se a população da região
para as próximas décadas com base no crescimento apresentado nos
últimos anos (23,6%), e associando-se a temperatura e a capacidade
hídrica de cada uma das cidades.
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